as noites abrefecham em tuas pálpebras, nossa hora entre o nada e a eternidade: nessa concha cabe o oceano inteiro, mas goteja única gota contra a sede— mudando nosso pó em maleável argila, queimamos os corpos no forno da vida: na prece da matéria nossos dedos se unem, divino sopro fomenta o fogo, viramos vapor, dissolvidos pela galáxia—instante sem fim, fosse o nosso Universo inteiro Amor