Tombam os ciclos de Saturno, Desce a inquieta paz noturna: Os cães d’agonia silenciam, Voltam os demônios aos covis, E os fantasmas, à cova… O mundo todo adormeceu, Menos eu, rondando sombras, Saturnino, em meus anéis, Assassino, rumo à forca, Rumo ao lar sob os pés. Aqui anelo a própria noite E corpo e alma me jogo nela: Assim mergulho em sua calma, O olhar a queimar sem pressa... Seus olhos são sóis noturnos, São meus dias de Saturno.